sábado, 9 de outubro de 2010

POÉTICA GRAVITACIONAL



Na incapacidade de certas coisas, existo
E fico na pretensão de adentrar com a palavra
Seria ousadia de minha parte
Tentar fazer diferente
Viemos disso, somos filhos de versos
O alicerce que produz poemas
E mantém acessa a chama da vida
Assiduamente estamos diagnosticando
O trauma, o drama
Manipulando a cura para os males
Estamos direcionando nosso existencial
Para fins desconhecidos
No compasso do meu anseio do meu querer
Da minha vontade
Tento, Fujo
Por ser livre, ando, corro, voo
A frustração da ideia não realizada atormenta
E não existem madrugadas para consolar
Nem dia, com o calor do sol melhoram
Apenas o sentimento, mútuo, verdadeiro
Mas a incompreenção dos fatos
Distorcem objetivos
Acaba
Restam apenas a imaginação
Com o limite no céu
E a gravidade do universo.


Silene Morigi

2 comentários:

  1. Adorei, poema de requinte!
    Parabéns Sil!
    beijo da marisa / fã

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  2. Marisa como sempre bela em seus comentários...
    Obrigada...
    Aprendi tudo com vcs...
    Viva os poetas do corujão!!!

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